Carreira: Lisboa, Faro, Portimão, Loulé, Almada
Trata-se de um texto dos mais significativos da literatura dramática mundial. O seu autor, Samuel Beckett, foi laureado com o Nobel em 1969. Em “À Espera de Godot”, Beckett coloca-nos perante uma feição clara da realidade humana: Vladimir e Estragon são mendigos. Nas encenações de referência que conhecemos desta obra é assim que estas personagens são tratadas: homens titubeantes, cobertos por vestes andrajosas, sem-abrigos comuns, almas perdidas, afastadas do dissoluto frenesim da corrente e normal actividade humana; enfim: se se quiser uma leitura (não subscrita por Beckett) “mais artística”, uns clowns. Quanto à caracterização das personagens principais, nem um nem outro serão o nosso caminho. E também o não é quanto aos sinais árvore e lua, elementos comummente identificados como disseminadores de esperança; bem como quanto à ambiência cenográfica (campestre; a nossa será urbana), que em regra é decadente, inóspita e hostil a uma vivência humana enquadrada. E também nos afastamos da leitura da função em regra atribuída à personagem Um Menino; mas já não em relação às restantes duas personagens, Pozzo e Luky. Fazemos este texto para falarmos das nefastas consequências que tiveram, e continuam a ter, para o mundo ocidental as práticas violentas, imorais e oportunistas de algumas instituições financeiras. Os intérpretes são bem conhecidos do público pela permanente exposição televisiva.
Classificação Etária: Maiores de 12 anos
Autor: Samuel Beckett
Tradução e Dramaturgia: Ana Clara Santos
Encenação: Luís Vicente
Concepção Plástica: Jean-Guy Lecat
Intérpretes: Luís Vicente, Pedro Laginha, Pedro Lima, René Barbosa e Tânia da Silva
Apoio vocal: Luís Madureira
Apoio de movimento: Diana Nogueira Vieira
Apoio de luta cénica: Pedro Borges
Desenho de Luz/Operação de Luz e Som: Sérgio Moreira
Técnicos de Cena: Ramon Schneider e Joel Mestre
Execução cenográfica: Tó Quintas
Fotografia: Rui Mateus
Assistente de Encenação e Produção: Tânia da Silva
Divulgação: Rita Merlin
Secretariado: António Marques
Direcção de Produção: Luís Vicente
Agradecimentos:
Teatro Municipal Joaquim Benite/Companhia de Teatro de Almada
INATEL - Teatro da Trindade
Lojas António Manuel - Faro